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Flamengo monta projeto ambicioso para o Futebol Feminino: “Pra ganhar tudo em 2023”

 

Flamengo monta projeto ambicioso para o Futebol Feminino: “Pra ganhar tudo em 2023”

André Rocha, coordenador de futebol feminino rubro-negro, abriu o jogo sobre a realidade da categoria no clube e o planejamento para o futuro.




Nas últimas semanas, torcedores do Flamengo e pessoas envolvidas com o futebol feminino iniciaram a campanha ‘#FlaAssumeAsMinas’ nas redes sociais, pedindo para que o clube rubro-negro dê mais atenção à modalidade e assuma 100% o comando do time, que atualmente é dividido com a Marinha.
Em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br, o coordenador de futebol feminino rubro-negro André Rocha abriu o jogo sobre a realidade da categoria no clube e o planejamento para o futuro.


Estrutura atual
O Flamengo conta com uma comissão técnica no time profissional (oito pessoas) e uma no sub-18 (quatro pessoas), trabalhando com a mesma metodologia. Além disso, o clube tem um departamento médico específico para a modalidade.
Para treinamentos, o rubro-negro utiliza a infraestrutura da Marinha e, de acordo com André Rocha, outras categorias do futebol masculino também utilizam o espaço – não sendo uma peculiaridade da modalidade feminina.
“Em março de 2021, criamos o departamento de futebol feminino, porque até então era ligado à base. Criamos para melhorar a gestão e ter uma referência dentro do clube focado apenas no feminino. Aí que eu entro no cargo”, afirmou André.

Parceria com a Marinha

“A nossa parceria inclui também a categoria de base. Com o crescimento do futebol feminino – em três ou quatro anos os salários e a estrutura do futebol feminino triplicou – a gente percebe que precisamos cuidar do futebol feminino, bem diferente de quando começou a parceria (2015), aí sim começamos toda uma transição de parceria. Fazemos primeiro um investimento alto na base”, afirmou o coordenador.

Contrato das Atletas
“Desde 2019, parte das atletas já era do Flamengo, contratadas pelo clube naquele ano. Em 2021, eu assumo com esse cenário. Primeiro a gente faz uma identificação de qualidade técnica das atletas que estavam presentes, pois até o momento era tudo gerido pela Marinha. Montamos o DM do Flamengo e passamos a participar mais da comissão técnica, trazemos jogadoras de fora (Darlene e Rayanne) e começamos a reestruturação técnica”, explica André.
O coordenador colocou em números como é feita a divisão do elenco rubro-negro. “Ainda temos atletas dentro do grupo que são só da Marinha? Temos. Quanto isso representa em percentual? 5%! 95% do meu grupo é do Flamengo e algumas da Marinha também. Hoje, se não me engano, tenho em torno de 18 ou 20 atletas com contrato com a Marinha, então estamos falando que 5 delas não tem contrato com o Flamengo e as demais todas tem contrato com o Flamengo”.
“Em algum momento ela (a parceria) foi importante em aspectos técnicos, mas, atualmente, ela é mais importante em estrutura física, pela localização, acomodação, e como contrapartida continuamos qualificando as atletas que são militares, para que representem bem a Marinha nas competições dela”.
O coordenador de futebol feminino do clube também defendeu contratos mais longos para as atletas pensando em negócios futuros, vendas e uma certa segurança contratual para com as jogadoras.

Futuro
O projeto começou em 2019 e está sendo estruturado aos poucos e com passos curtos, como conta André.
“A gente está terminando o segundo ano. Está partindo para um terceiro momento agora, então, assim como eu falei no início, nosso projeto é que: ano que vem nós vamos ter um time muito competitivo? Um time que vai disputar títulos? Vamos. O projeto é que, para 2023, nós vamos ganhar todos os títulos”. Para 2022, a ideia não é ganhar todos os jogos mas “entrar todo jogo, se não como favorito, vai estar próximo (do favorito) nas enquetes como possível vitória”.

Os planos para 2023 são diferentes, explica o coordenador.

“A gente tem uma projeção de melhora grande. Mas uma projeção assim, em 2023, qual é o meu objetivo em 2023? Igualar ao futebol masculino’.”

O sonho, como conta André, é que a equipe feminina nunca entre como quem irá perder a partida. ‘O Flamengo hoje, o masculino, joga qualquer jogo e você vai para o jogo com chance de ganhar. Então, na verdade, a gente tem essa ideia, esse desejo. É um desejo de todo mundo.’

Contratações
“Nós vamos ter nomes para derrubar as redes sociais!”
Para as próximas temporadas, o coordenador conta que vão usar os Estaduais para olhar as meninas da base que irão compor o elenco profissional.
“A gente já faz ideia de algumas e está dando oportunidades para outras. Já temos boas surpresas. Só desse período de treinamento e do primeiro jogo que elas estão fazendo, sabemos algumas meninas que com certeza vão estar compondo com a gente o elenco principal para a próxima temporada.”
Além de focar em descobrir jogadoras, a equipe contou que já tem pré-contratos com grandes atletas da modalidade.
“A gente está trabalhando em uma reformulação até grande no elenco. Nós devemos ter aí, por volta de 8, talvez 10 atletas novas no clube. Então, a gente vai ter de 8 a 10. Algumas dessas vão entrar também para a Marinha e outra vão ficar somente com o Flamengo.”
“Os nomes das atletas não foram divulgados já que ‘como as atletas estão jogando, ou estão jogando lá fora esperando a janela, ou estão jogando aqui dentro esperando os campeonatos estaduais e Libertadores. Então, está todo mundo ainda em atividade, todo mundo ainda tem contrato, né. Então, a gente faz os pré-contratos’, explica André.

Fonte: ESPN: Mariana Spinelli e Luiza Boareto

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