Técnico ouviu gritos de burro da torcida ao substituir Gabigol e Arrascaeta
Apesar da vitória sobre o Vasco e a classificação para a final do Carioca neste domingo,
no Maracanã, Vítor Pereira não teve uma noite fácil. O técnico ouviu
gritos de 'burro' vindos da arquibancada e passou parte do jogo sob
grande pressão, por causa do desempenho ruim do Flamengo e de algumas substituições que não agradaram os torcedores. Ao fim do jogo, ele admitiu alguns problemas na equipe.
- Costumo ser muito honesto. Já fizemos jogos de mais qualidade. De construir muitas oportunidades de gol, e não conseguimos. Hoje, por mérito do adversário também, não foi um jogo de tantas chances, mas fizemos três gols. Nesse tipo de jogo, o resultado é o mais importante. Estamos na final - disse o técnico.
Durante boa parte da partida o Flamengo sofreu muita pressão do Vasco, e teve dificuldade de articular as jogadas, principalmente na saída da defesa. Mas a pressão sobre o técnico aumentou quando ele decidiu substituir Gabigol e Arrascaeta. A torcida reagiu imediatamente com vaias, xingamentos e cantos que exigiam "comprometimento".
Algumas mudanças, contudo, surtiram efeito, principalmente a entrada do
jovem Matheus França, que participou diretamente da jogada do segundo
gol do Flamengo, ao sofrer pênalti convertido por Pedro. Depois da partida, o técnico justificou a saída de Arrascaeta.
- O Arrascaeta ao longo da semana sentiu dores no púbis. Isso é uma
coisa pública. Teve em dúvida antes, mas por ser uma semifinal
arriscamos um pouco, conversamos com ele. Naturalmente, ao longo do
jogo, as dores foram aumentando. No intervalo, já estava com
dificuldades, foi para o segundo tempo, as dificuldades continuaram.
Chegou em determinada altura que tivemos que substituir. Vai fazer novo
exame. É um jogador importante para nós.
Na decisão, o Rubro-Negro terá pela frente o Fluminense, que eliminou o
Volta Redonda no último sábado. Serão dois jogos sem vantagem para
nenhum lado. Igualdade nos confrontos haverá disputa de pênalti. As partidas estão previstas para os dias 2 e 9 de abril.
Veja outras respostas do técnico:
Decisão de colocar Cebolinha como titular na lateral
- O Varela é um jogador que tem muito mais trabalho na posição, uma
posição que é natural para ele. O Cebolinha, naturalmente, sente-se mais
à vontade no lado esquerdo. Pelo Varella estar vindo de lesão, tivemos
algum cuidado. E pelo fato de o Cebolinha estar em um bom momento, em
forma, achamos melhor começar com ele no lado direito.
- No entanto, o Vasco forçou muito aquele corredor. Ele estava tendo
algumas dificuldades compreensíveis, e nós achamos que teríamos que
colocar o Varela, que estava mais acostumado ao corredor. Não fiquei
desiludido com o Cebola, porque sei onde ele rende mais, no lado
esquerdo ele tem mais argumentos. E foi dessa forma.
Entrada do Matheus França
- Fundamentalmente não estávamos conseguindo fazer nosso jogo, por
mérito também do Vasco, que estava pressionando. Não estávamos dando
sequência ao nosso jogo com bola. Estávamos muito curtos. Eu acho que a
entrada do França nos deu a profundidade que precisávamos naquele
momento, com o Vasco a arriscar tudo em termos de pressão. E o França no
jogo do um contra um é um jogador diferenciado, e em uma jogada
explosiva conseguiu um pênalti e outra uma oportunidade de gol.
Grande partida do Pedro
- O Pedro é um jogador muito importante para nós. O Pedro é um jogador
que faz gols, um atacante referência, muito importante para nós. Quando
está bem, pode fazer a diferença.
Fonte: Globo Esporte
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